Expectativa é que a Selic, atualmente em 14,25%, encerre o ano em 13,75%; já o IPCA deste ano deve subir a 7,31%, ante 7,20% na projeção anterior
Economistas de instituições financeiras voltaram a ver um menor afrouxamento monetário este ano, em meio ao cenário de inflação persistentemente elevada, que levou o mercado também a aumentar a estimativa para o IPCA este ano, e com o Banco Central reforçando a existência de riscos, principalmente no campo fiscal.
Pesquisa Focus do BC, que ouve semanalmente uma centena de economistas de instituições financeiras mostrou que a estimativa agora é que a Selic –atualmente em 14,25 por cento– encerre o ano em 13,75 por cento, ante 13,50 por cento na semana anterior. Para o fim de 2017, a projeção foi mantida em 11 por cento.
A estimativa para a inflação medida pelo IPCA este ano subiu a 7,31 por cento, ante 7,20 por cento na semana anterior. Para 2017, a projeção foi mantida em 5,14 por cento, após recuar por seis semanas seguidas. A meta para o próximo ano é de 4,5 por cento, com margem de 1,5 ponto percentual.
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A elevação na projeção para o IPCA este ano veio na esteira dos dados mais recentes que mostraram resistência da inflação. Em julho, o IPCA subiu 0,52 por cento, acumulando alta de 8,74 por cento em 12 meses.
O BC reiterou, na ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que não há espaço para corte na taxa básica de juros –em 14,25 por cento há um ano– no curto prazo. No documento, também estimou a inflação pelo IPCA em torno de 6,75 por cento para 2016.
O Top 5 –grupo que mais acerta as projeções no Focus– manteve a projeção para a Selic ao fim do ano em 13,75 por cento e em 11,25 por cento para 2017. Para a inflação este ano, a mediana subiu para 7,41 por cento, ante 7,20 por cento. Para 2017, a estimativa subiu para 5,25 por cento após 4,97 por cento na semana anterior.
Leia mais: Receita Federal alerta empresas sobre falsos fiscaisA expectativa dos economistas para a retração do Produto Interno Bruto (PIB) este ano passou a 3,20 por cento, ante queda de 3,23 por cento na semana anterior. Para 2017 a projeção permaneceu em crescimento de 1,10 por cento.
(Por Flavia Bohone) Reuters/DCI